Era uma vez um Estranho País … em
que o Senhor A decidiu emigrar, porque esse País não é um País para jovens
competentes e sabedores … ao fim de um ano, decidiu que já não fazia sentido
manter as contas bancárias abertas no País e por isso, pediu ao Senhor B, que
na posse de uma procuração, devidamente legalizada, procedesse ao ato de
encerramento das contas.
Numa certa manhã, o Senhor B,
meteu pés ao caminho e foi a um primeiro banco. Ao BES, mentira, não foi ao BES
porque esse é mau! Foi ao Novo Banco. O ato de encerramento da conta do Senhor
A, não demorou 5 minutos. Feito de uma forma simples e rápida! O Senhor B ficou
com um documento, devidamente assinado que atesta o ato!
Cheio de ilusão foi ao outro
banco, que dista deste anterior, menos de 500 metros … e que por acaso é
(ainda) o banco do estado, leia-se Caixa Geral de Depósitos … Entrou num espaço
moderno, mas algo confuso, retirou uma senha e rapidamente estava em frente a
um jovem engravatado, que de uma forma arrogante, lhe perguntou ao que ia …
O jovem engravatado rapidamente
chegou à conclusão que a missão do Senhor B não era com ele e que devia ser
atendido no espaço em frente, onde uma outra jovem funcionária devia resolver a
situação … assim foi feito.
O Senhor B, lá explicou o que
pretendia e a jovem funcionária um pouco confusa com a situação começou a pedir
uma série de documentos que o Senhor B não tinha, porque achava que lhe bastava
a procuração, devidamente legalizada …
Que não senhora que era preciso
mais isto e aquilo e que a certidão tinha que estar devidamente autenticada,
etc, etc … pelo que escreveu num papel o que o Senhor B tinha de levar.
O Senhor B, regressou ao seu
poiso, eletronicamente entrou em contacto com o Senhor A, que rapidamente
disponibilizou na nuvem os documentos pedidos …
O Senhor A, matou os bit’s, ou
seja tratou de passar o virtual a algo de palpável !
Hoje, pela manhã, deslocou-se a
um Notário, onde foi muito gentilmente atendido, para que fosse autenticada a
procuração, que tinha 4 páginas. Tudo foi feito, foi feita uma adenda, com o
descritivo do ato e no final, o Senhor B, pagou … não interessa o valor, mas
pagou!
Da parte da tarde, já com os seus
próprios documentos, pensava ele que se tinha dado ao trabalho de imprimir um
documento com imagens do seu Cartão de
Cidadão, que são extraídos do mesmo através dos sistemas de leitura de cartões
voltou à agência da Caixa Geral de Depósitos.
Foi ter com a jovem funcionária,
como tinha anteriormente ficado acordado e apresentou-lhe uma vasta coleção de
folhas de papel A4. Pelo menos, 10 folhas! Procuração, imagens do CC do Senhor
A, comprovativo da morada do senhor A no estrangeiro, mais um comprovativo da
situação anterior do senhor A, na Universidade de Aveiro. Do senhor B, as tais
imagens do seu Cartão de Cidadão e um comprovativo de morada … duas páginas …
Depois de algum tempo a jovem
funcionária pediu o comprovativo da profissão do Senhor B. Ele disse-lhe, não
tenho … mas de repente lembrou-se que tinha na carteira, um cartão de
funcionário de um determinado serviço público onde exerce, à largos anos, a sua
profissão.
A jovem funcionária, bastante
simpática, aliás, foi fazer umas fotocópias, a preto e branco, porque o Sistema
não aceita a cores …
Depois fez um pouco de trabalho
manual, daquele que os alunos fazem muitas vezes nas atividades de expressões …
cortar com uma tesoura por forma a que a imagem do Cartão de Cidadão do Senhor
A se parecesse com o cartão …
Mas o melhor ainda estava para vir
… De repente diz ao Senhor B, agora tenho de enviar para Lisboa para eles
enviarem ao Banco de Portugal, talvez para a semana eu já lhe possa ligar para
fechar a conta … ou seja, mais uns tempos à espera dum ato, que noutro banco,
foi simplicíssimo!
O Senhor B não acreditou no que
ouviu …
Qualquer semelhança com uma
história real, É REAL!!!
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