Ferrari - Setenta anos de Paixão Motorizada [09]




308 GTB (1977)

Desenhado por Pininfarina, tornou-se um dos Ferrari mais belos e carismáticos.
Enzo Ferrari nunca escondeu sua predileção por motores V12, mas um dia percebeu que a redução de cilindros poderia resultar num aumento de lucro. Assim surgiu a submarca Dino, que em 1968 lançou um esportivo acessível de dois lugares e motor V6: a bela 206 GT, obra do estúdio Pininfarina. Cinco anos depois, ela foi sucedida pela 308 GT4, agora desenhada pela Bertone, cujas linhas retas e discretas não provocaram o mesmo furor, apesar do novo motor V8 3.0.
Enzo voltou à Pininfarina e pediu uma nova berlineta, que parecesse provocante e sedutora. A tarefa ficou a cargo de Leonardo Fioravanti, pai da Dino 206/246 GT e da possante Ferrari 365 GT4 Berlinetta Boxer. A combinação de curvas nostálgicas com retas contemporâneas apareceu no Salão de Paris de 1975 com tamanha força que ninguém conseguiu ficar indiferente. Nascia a 308 GTB (Gran Turismo Berlinetta), um dos esportivos mais carismáticos do mundo.
Primeira Ferrari de fibra de vidro, ela agradou tanto que Enzo autorizou o logotipo do cavalinho rampante no carro, encerrando um ano depois a submarca Dino. Seu desenho era tão feliz que determinou o estilo das futuras Ferrari, como 288 GTO e F40.
A concepção mecânica era a mesma da 308 GT4: chassi tubular, suspensão independente e freios a disco nas quatro rodas, conjunto que dava conta dos 250 cv do V8 capaz de atingir 249 km/h e chegar aos 100 km/h em 6,9 segundos. A imprensa aplaudiu de pé: leve (1.050 kg), pequena (4,23 metros) e civilizada, estava mais rápida, silenciosa e confortável, castigando menos o motorista, comparada à 365 GT4 BB.
A 308 GTB ficou 150 kg mais pesada em 1977, quando passou ser feita de aço estampado, indispensável para a produção em escala maior. Neste mesmo ano chegava a 308 GTS (Gran Turismo Spider), com a parte dianteira do teto removível (targa) e painéis plásticos no lugar das janelas laterais traseiras.
Em tempos de controle de emissões, o carburador quádruplo Weber era o vilão, até ser trocado em 1980 pela injeção mecânica Bosch K-Jetronic, o que a fez cair de 250 para só 214 cv (208 cv na versão americana).
Fonte: http://quatrorodas.abril.com.br/noticias/ferrari-308-gtbgts-a-musa-dos-anos-80/

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