Ferrari - Setenta anos de Paixão Motorizada [05]




365 DAYTONA (1974)

No salão de Paris de 1968, a Ferrari surpreendeu tudo e todos ao apresentar aquele que muitos considerariam um verdadeiro portento de automóvel: o 365 GTB/4. Batizado de forma não oficial como “Daytona” homenageando o pódio arrebatado pela marca de Enzo Ferrari nas 24 Horas de Daytona de 1967. O modelo foi o último com motor dianteiro concebido antes da FIAT ter tomado as rédeas da marca cavalinho.
Desenhado nos atelieres de Pininfarina e carroçado na Scaglieti, em Modena, utilizando processos manuais na transformação do aço na carroçaria e liga de alumínio nas portas, capot e tampa da mala, o fabuloso coupé era motorizado por um V12 com 4.4 litros de capacidade e quatro árvores de cames à cabeça. A alimentação ficava a cargo de seis carburadores  Weber DCN 20, na especificação europeia, e a potência chegava aos 352 CV. Numa época em que o luxo era tão ou mais, importante que as prestações dos Grande Turismo, o Daytona não facilitou, ostentando um alista de equipamento que incluía, por exemplo, ar condicionado, vidros elétricos, interior forrado a pelo Cannoly, volante em madeira e autorradio das marcas Voxson ou Blaupunkt.
Não sendo um modelo leve, o Daytona era capaz de acelerar dos 0 aos 100 Kms/h em escassos 5,9 segundos, registando uma velocidade máxima e 280 Km/h, marca que na altura era suficiente para lhe atribuir o título de carro de produção mais rápido do mundo.
Ao longo do tempo que a Ferrari manteve o 365 GTB/4 em produção, o modelo foi sendo alvo de algumas alterações estéticas que passaram por redesenhar a zona dianteira, substituindo os faróis carenados por unidades retráteis.
Ao nível da carroçaria e de forma a aumentar a resistência ao impacto lateral, as portas em alumínio foram por versões fabricadas em aço. No interior, o tablier ganhou um novo revestimento e o volante, de aro me madeira, foi trocado por um de raio mais reduzido revestido a pele.
Quando ap rodução terminou em 1973, a Ferrari tinha construído 1.284 unidades, 179 das quais com volante à direita e apenas 122 versão Spyder, das quais apenas sete com volante à direita.

Fonte: Texto explicativo do modelo na exposição

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