Ferrari - Setenta anos de Paixão Motorizada [03]




250 GT Lusso (1964)

A Ferrari demorou quase 15 anos a produzir um automóvel de turismo minimamente competente. Até ao Ferrari “Lusso” de1962 todos os seus modelos estavam demasiado próximos dos requisitos da competição para serem verdadeiramente utilizáveis em deslocações mais triviais. Existiu quase sempre um desequilíbrio entre a qualidade superlativa – mas exigente – dos seus motores, e um chassis (suspensões, rigidez, travões) bastante inferiores. Foi com o 250 GT, primeiro com uma distância entre eixos de 2,6 metros e depois com 2,4 metros (designado por SWB “Short Wheel Base”, ou distância curta entre eixos, que o conseguiu. Este último era uma formidável máquina de competição, mas para além da versão “Competizione” em alumínio, existia uma outra, com carroçaria em aço que recebeu a alcunha de “Lusso”e, supostamente, teria uma especificação mais vocacionada para a utilização em turismo.
Partilhava a mesma distância entre eixos curta e os travões de disco Dunlop do SWB e do 250 GTO, utilizando a suspensão e a caixa de quatro velocidade deste (o GTO tinha caixa de cinco velocidades).
O motor V!2 dos modelos de competição. Concebido por Gioaccihino Colombo, debitava entre os 280 e os 300 cavalos. O “Lusso” mais disponível a baixos regimes, com 250 cavalos, suficientes para atingir os 236 km/h e acelerar dos 0 aos 100 km/h em apenas, oito segundos 
Mas o aspeto em que o 250 GT/L se destacava era a sua estética esguia e muito elegante, assinada pela Pininfarina. Foi dos últimos Ferrari a usar jantes de raios Borrani e era, para alguns, incluindo o próprio Enzo Ferrari, considerado demasiado bonito e feminino para um Ferrari.
O interior apresentava um nível de requinte inédito para um automóvel da marca.
O Ferrari 250 GT/L foi produzido em apenas 350 exemplares, entre 1962 e 1964 e continua a ser considerado um dos mais bonitos modelos da marca.

Fonte: Texto explicativo do modelo na exposição

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